12 de agosto de 2025

Dono da Ultrafarma é preso em São Paulo

 
247 - O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Ícaro, que investiga um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais tributários da Secretaria da Fazenda estadual. Segundo o órgão, o grupo teria recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas para beneficiar empresas do setor varejista.

Entre os detidos está o empresário Sidney Oliveira, proprietário da rede de farmácias Ultrafarma, e um executivo da Fast Shop, especializada na venda de eletrodomésticos e eletrônicos. Segundo a coluna do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, ambos foram presos temporariamente. As empresas foram procuradas pela reportagem para comentar o caso.

O MP-SP também prendeu o auditor fiscal apontado como operador central do esquema e responsável por manipular processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários. Em contrapartida, ele teria recebido pagamentos mensais por meio de uma empresa registrada em nome da própria mãe.

Ao todo, foram expedidos três mandados de prisão temporária e diversas ordens de busca e apreensão em endereços residenciais e nas sedes das companhias investigadas. O objetivo é recolher documentos e outros materiais que comprovem as irregularidades.

De acordo com a apuração conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), braço do MP-SP voltado ao combate a crimes contra a ordem econômica, as decisões fiscais beneficiavam diretamente empresas que, em troca, pagavam propina.

“O trabalho é resultado de meses de investigação, com análise documental, quebras de sigilo e interceptações autorizadas pela Justiça”, informou o Ministério Público em nota, de acordo com a reportagem. Os investigados podem responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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