A família mineira é responsável pela rede de supermercados Coelho Diniz, fundada em 1992, na cidade de Governador Valadares (MG)
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) informou neste domingo (24), por meio de fato relevante, que os empresários André Luiz Coelho Diniz, Alex Sandro Coelho Diniz, Fábio Coelho Diniz, Henrique Mulford Coelho Diniz e Helton Coelho Diniz ampliaram sua participação acionária na empresa para 24,6%.
Com essa movimentação, a família Coelho Diniz passa a ser a maior acionista do GPA e solicitou a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a formação de um novo conselho de administração que represente sua posição na companhia.
Maior acionista da varejista
A família mineira é responsável pela rede de supermercados Coelho Diniz, fundada em 1992, na cidade de Governador Valadares (MG). Atualmente, o grupo opera 22 unidades em municípios como Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano, Caratinga, Manhuaçu, Teófilo Otoni e Governador Valadares.
Com a fatia próxima a um quarto do capital votante, os cinco empresários mineiros consolidam o controle acionário mais relevante dentro da estrutura do GPA.
Apoio do conselho e contexto de reestruturação
O pedido para recompor o conselho de administração ocorre em meio ao processo de reestruturação pelo qual passa o GPA, que busca reduzir dívidas e reorganizar seu portfólio de negócios.
Recentemente, o conselho fiscal da companhia passou por mudanças, com as renúncias de André Francez Nassar e outro integrante. A proposta da nova assembleia extraordinária recebeu aval unânime do atual conselho de administração, o que deve abrir espaço para uma nova composição mais alinhada aos interesses da família Coelho Diniz.
Segundo pessoas próximas à companhia, a mudança é vista como um passo esperado diante da ampliação da participação acionária do grupo mineiro. A família Coelho Diniz já fazia parte do conselho e aumentou sua fatia no momento em que a empresa passa por reestruturação.
A forma como o mercado vai reagir à possível reformulação do conselho será um indicativo do nível de confiança dos investidores na nova fase da companhia.
